quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Inclusão do Aluno Surdo no Ambiente Escolar

Em nosso município, infelizmente, não temos escolas com atendimento específico para surdos. Temos apenas duas professoras que fizeram os três módulos do curso de LIBRAS que a UCPEL oferece, sendo que estas trabalham nas salas de recursos de escolas, onde elas estabelecem contato com os alunos surdos.
Na EMEF Prof.ª  Isolina Passos, estão matriculadas duas alunas com laudo de deficiência auditiva. A de maior idade domina relativamente bem LIBRAS, estabelecendo uma boa comunicação com a professora do AEE. Ela oraliza pouquíssimas palavras, como "não pode", "pode" e "feio". Ela aprendeu LIBRAS com a professora da AEE (Sala de Recursos). 
Aluna deficiente auditiva com a professora da Sala de Recursos

Já a de menor idade, está começando a aprender LIBRAS. No início ela era resistente à LIBRAS, pois se comunica com os amigos e família através de uma linguagem caseira, que para ela estava funcionando muito bem. Mas com esta linguagem ela não estava conseguindo se alfabetizar. A partir da inserção da professora do AEE em sua sala por alguns períodos, os colegas começaram a se interessar pelo uso correto dos sinais, o que acabou motivando a aluna a querem aprender LIBRAS, pois agora, seus colegas também começaram a se comunicar com ela através desta língua.

Outra aluna deficiente auditiva desta escola (à direita)

No caso desta escola, o poder público tem auxiliado para melhorar as condições de aprendizagem do deficiente auditivo. O atendimento que elas estão tendo ainda não é o ideal, pois são alguns períodos com acompanhamento em sala de aula e alguns no turno inverso da aula, na própria sala de recursos. Um intérprete em sala de aula em tempo integral ajudaria, pois os professores ainda não estão preparados para atender alunos surdos. Seria importante também que as famílias dos alunos surdos aprendessem LIBRAS, pois como a maioria das pessoas que as rodeiam não dominam essa linguagem e usam uma comunicação informal, o aluno surdo acaba se desestimulando no aprendizado de LIBRAS. 


Componentes do Grupo:
Arlete Rodrigues
Marion Igansi Heiden
Luciano Bender
Andréia Silveira
Vitor Stallbaum

8 comentários:

  1. Olá Meus Queridos,
    Parabéns pelas colocações que fizeram no trabalho, e pela organização do material.
    O Processo de inclusão é uma caminhada que esta sendo construida ainda em nossas escolas, tendo muito a melhorar, mas as escolas da cidade de vocês estão de parabéns junto ao poder público por estar iniciando esta caminhada.
    Abraços..
    Tutora Gabriani

    ResponderExcluir
  2. Boa tarde,
    Sou a tutora de Libras a distância – Rubia.
    Muito bem colocadas suas opiniões sobre o atendimento aos alunos surdos da escola pesquisada. Acredito, que além de um tradutor/intérprete de Libras em sala de aula em tempo integral, ter um professor surdo na escola seria essencial para o aprendizado da Libras pelas duas alunas.
    Vocês pediram autorização – por escrito – para publicar as fotos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Tutora Rubia. Sim ,temos autorizações para publicar as fotos.

      Excluir
  3. Bom dia!
    Parabéns ao grupo pela realização do trabalho.
    A escrita de vocês demonstra que se envolveram na realização da tarefa, o que possibilitou ao grupo ter um posicionamento quanto a aspectos necessários para contribuir com as aprendizagens escolares das alunas.
    Abraços, Lisiane (Tutora a distância).

    ResponderExcluir
  4. Comentário de Andréia Silveira: O professor do ensino regular que tenha criança surda na sala de aula tem de fazer de tudo para se comunicar com ela. No entanto, também é fundamental a presença de um professor surdo,mesmo que o professor(que não é surdo) aprenda a língua de sinais e domine as libras, acredito que a melhor maneira de uma criança surda aprender é com um adulto surdo, por ele vivenciar a surdez desde a infância, facilitaria a comunicação.

    ResponderExcluir
  5. Comentário de Luciano Bender: Acho que também poderia ajudar se houvessem atividades ou eventos, na escola onde o aluno deficiente auditivo está inserido, que promovessem interações com alunos surdos de outras escolas, como por exemplo: teatro, jogos, histórias contadas em LIBRAS.

    ResponderExcluir
  6. Comentário de Arlete Rodrigues: Dizem que a inclusão social esta aí para que todos com qualquer tipo de deficiência esteja incluso no meio social das pessoas "normais" concordo plenamente com isso, como o assunto é voltado para pessoas surdas. Só quero ressaltar que os surdos também são normais, apenas não são providos de um dos sentidos humanos, que é a audição. São pessoas comuns, com sonhos, idéias, e tantas outras qualidades. Por ter um pai e uma sobrinha surdos sei perfeitamente do que estou falando, pois quando estamos conversando, eles leem nossos lábios e compreendem o assunto. Devemos olhar bem nos seus olhos, pois do contrário se frustram por achar que estamos falando mal deles. Demonstrar amor, compreensão, confiança e estar presente no seu cotidiano é fundamental para uma ótima relação com os surdos.

    ResponderExcluir
  7. Comentário de Vítor Stallbaum: Encontrei uma entrevista com Ronice Quadros na Revista Mundo da Inclusão:
    "No caso dos surdos, o maior desafio é promover uma organização escolar em que a língua de instrução seja a língua de sinais e a perspectiva de organização dos conhecimentos partam de uma construção visual, o que demanda um utro desafio: investir em cursos de graduação para a formação de professores surdos, educadores bilíngües (libras e português) e de intérpretes de língua de sinais." (Ronice Quadros)
    Inclusão: R. Educ. esp., Brasília, v 28 . 4, n. 1, p. 18-32, jan./jun. 2008

    Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf

    ResponderExcluir