Em
uma primeira análise do roteiro desta primeira postagem no blog,
buscamos saber se existiam alunos com surdez nas escolas onde as
integrantes do grupo trabalhavam. A colega Inês conversou com suas
colegas de trabalho da Escola Estadual de Ensino Médio Profº
Rodolfo Bersch e a colega Leda na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Rodolpho Kruger, as duas constataram que não existiam
alunos com essa deficiência frequentando as aulas.
Então
surgiu a ideia de entrevistar a professora e orientadora pedagógica da
APAE de São Lourenço do Sul, Carmem Rosangela Mendes que possui
especialização em Educação Inclusiva, a qual nos relatou que em nossa cidade, a Escola
Municipal de Ensino Fundamental Isolina Passos tem duas alunas
incluídas, as mesmas estão no ensino fundamental e são surdas.
A
linguagem dos sinais (LIBRAS) é utilizada por essas alunas, as
mesmas aprenderam a se comunicar através da LIBRAS na própria
escola, com o auxílio de um professor especializado em linguagem dos
sinais. Em sala de aula o aluno recebe o atendimento do intérprete,
mas não em tempo integral. Os demais professores tem algum
conhecimento em LIBRAS, adquirido através da convivência e da
própria busca de informações sobre o assunto. Normalmente é o
professor da sala de recursos que possui um conhecimento maior da
linguagem dos sinais. Em nossas pesquisas destacamos um facilitador
da comunicação pra quem está iniciando seus estudos na área, é o
Dicionário online de LIBRAS, o qual apresenta uma lista de palavras
com seu significado e sua utilização em LIBRAS, mostrando um vídeo
de sua correta aplicação gestual.
Figura 1 - Dicionário online de LIBRAS
Fonte: http://www.acessobrasil.org.br/libras/
Segundo a Profª
Carmem “Todo o atendimento ao aluno com alguma deficiência é
garantido por lei, cabe a família exigir o melhor atendimento ao seu
filho, hoje os municípios já possuem salas de recursos onde o aluno
tem o atendimento auxiliar, algumas escolas possuem intérprete o que
garante melhor aprendizado ao aluno. Quanto ao professor estar
capacitado, não está e cabe a ele procurar o mínimo de
conhecimento pois o trabalho com alunos surdos exige muito estudo e
dedicação e também exigir na sua sala de aula o intérprete de
sinais quando necessário, pois é um direito do aluno!”
Percebemos que as campanhas de inclusão existem, mas ainda não
conseguem atingir a todos, muito ainda precisa ser feito. Pode-se
dizer que o governo não tem apresentado as condições necessárias
para a inclusão, embora essa inclusão seja garantida por lei, nem
sempre a escola (professores e funcionários) tem o treinamento
adequado e necessário para um bom atendimento.
Desde
o início deste curso de licenciatura temos recebido instruções a
respeito da importância da inclusão no ambiente escolar. E um texto
marcante disponibilizado para nós, foi o de MACCLEARY no Encontro
Paulista entre Intérpretes e Surdos em 2003, o mesmo relata a luta
das minorias por seu espaço na sociedade, principalmente os surdos e
a importância da autoestima, do orgulho de ser quem é e do
posicionamento das outras pessoas nessa realidade. Para MACCLEARY
(2003, p.8) o objetivo de ter orgulho de ser quem é “é o de
redefinir o que significa ser negro, ou gay, ou surdo, para que
todos, negros e brancos, gays e não-gays, surdos e ouvintes, possam
ter orgulho de viver numa sociedade em que todos possam ser o que são
e aprender uns com os outros.” Finalizamos com essa reflexão de
Maccleary e com o agradecimento especial a Profª Carmem Rosangela
Mendes pela colaboração.
25
de Outubro de 2013.
Daniele
Bracher
Inês
C. N. Kruger
Leda
K. Brodt
Loiva
A. Rickes
Marta
Seefeldt
Acadêmicas
do 6º semestre do curso de Licenciatura em Matemática
pela
Universidade Federal de Pelotas – UFPel
Referências:
Dicionário online de LIBRAS. Disponível em http://www.acessobrasil.org.br/libras/ Acesso em 25/10/2013 às 15:57 horas.
MCCLEARY,
Leland. (2003) O orgulho de ser surdo. In: ENCONTRO PAULISTA ENTRE
INTÉRPRETES E SURDOS, 1, (17 de maio) 2003, São Paulo: FENEIS-SP
[Local: Faculdade Sant’Anna]. Disponível em
https://docs.google.com/file/d/0B3qocKPsPCWFRXN1cFRSRXVyUEE/edit?usp=sharing&pli=1
acesso em 25/10/2013 às 11:30 horas
Olá Meus Queridos!!!
ResponderExcluirParabéns pelas colocações de vocês e belo trabalho apresentado.
Meninas, nosso trabalho quanto educador esta sempre em constante busca e aprendizagem e a Inclusão é uma realidade que está chegando a todas as escolas, concordo com vocês que todos nós educadores devemos estar inseridos neste processo, buscando conhecer um pouquinho desta realidade para que se tenha um verdadeiro Processo de Inclusão.
Obs.: Vocês chegaram a visitar estas duas alunas que estão na escola regular na cidade de vocês?
Adorei a dica do dicionário...Sugestão: Façam uma postagem aqui no Blog para que todos os colegas possam conhecer o dicionário, coloquem o link para acesso.
Grandes Abraços...
Tutora Gabriani
Bom dia Profª Gabriani!
ExcluirObrigada pelos comentários!
O nosso grupo não chegou a realizar a visita na escola, pesquisamos em outras duas escolas no interior que não tinham deficientes auditivos frequentando as aulas e ai decidimos por entrevistar a coordenadora pedagógica da APAE, principalmente para facilitar e qualificar o nosso post, já que a Profª Carmem é especialista em educação inclusiva e saberia nos dar as informações necessárias.
Conhecemos um pouco mais da escola mencionada por ela através do post anterior ao nosso, onde as colegas fizeram uma visita a escola e mostraram a realidade da mesma.
O link do dicionário de Libras está nesse post, em azul, onde diz Dicionário OnLine de Libras. Também tem um link para acessar o texto que referenciamos.
Está sendo muito interessante e proveitosa para nós essa troca de experiências através do blog.
Abraços
Daniele Bracher
Olá Meus Queridos...
ExcluirObrigada pelo retorno, fico muito contente que vocês estão gostando e alcançando o objetivo principal desta tarefa do Blog que é de trocarmos experiências conhecendo novas realidades e aprendendo um pouquinho com cada um.
Um grande abraço a todos..
Tutora Gabriani
Como a colega Daniele colocou, na escola onde trabalho, tem uma aluna, ela não é totalmente surda, mas atualmente não frequenta a escola, os pais também não incentivam muito, sabe aqui no interior, zona rural da cidade de São Lourenço, colonia pomerana, cultura bem diferente. Para eles a deficiência ainda é vergonha para família, então não procuram muito por ajuda, é triste mas infelizmente é assim. Eu tenho uma filha especial e faço de tudo para que ela tenha uma vida normal e sei como é importante para eles se sentirem iguais aos outros.
ExcluirBoa tarde,
ResponderExcluirSou a tutora a distância de Libras – Rubia.
Parabéns pela realização da pesquisa.
Excelente a dica do dicionário, este é um recurso que pode ser usado para quem esta começando a aprender Libras, para aquisição de vocabulário. É fundamental além da aquisição de vocabulário o contato com outros tipos de vídeos e com a comunidade surda para contextualizar estes conhecimentos.
O que vocês entendem por educação inclusiva para surdos e educação especial para surdos?
Abraço